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FUTEBOL, BARRO E MENTIRA

Hoje a Escola Edificare cobre o leito de um dos tantos braços do Rio do Tega e ali existia um campinho coberto por uma grama rala e surrada.

O campinho era bem pequeno mesmo e ficava espremido entre o leito do rio e os terrenos que iam em direção à Rua Matheo Gianella.

Pois bem, lá por 1969/1970, em muitas oportunidades saíamos do João Triches às 12:00 horas e ao invés de irmos para nossas casas retirávamos as vestes claras e nos atracávamos em barrentas e ferrenhas disputas de futebol.

Claro que sempre um de nós teria de ficar de plantão para as águas do Tega não consumirem com a única bota que tínhamos.

O resultado era coxas e canelas completamente embarradas que depois eram minimamente lavadas com a água de alguma poça da redondeza, colocar o uniforme de volta, ir cada um para sua casa, inventar uma história de que tínhamos ficado de castigo ou outra qualquer para assim justificar a hora da chegada e rezar para não sermos descobertos até a hora do banho.

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